terça-feira, 20 de julho de 2010

Janelas


Dobram as folhas das janelas,
Abertas, mostram caminhos,
Mostram caras e gestos.

Um boneco de pano aparece,
Acena, fala comigo, vai embora,
Fica uma musica de fundo, que não entendo.

As folhas das janelas dobram,
Nos ventos do outono, vem dama de fumaça
Invadir meu tempo, o meu espaço.

Em meu ouvido desdobram palavras amorosas,
Belas provas de sedução e a dama
Na saudade vai, nos ventos do outono.

E das janelas a estrela mais iluminada brilha,
A estrela-Dalva, ela ilumina as janelas,
Ilumina a casinha que fica na colina.

E as janelas são guias para muitos caminhos
E vou eu de violão nas costas, de pé no chão
E vou desdobrando janelas, desdobrando o meu destino.

( Rod.Arcadia) 

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