quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Soneto Embriagado



Soneto Embriagado

Venho até você, paixão cega
E me abraço, no seu calor, na sua pele.
Eu só sei chorar, sou tão brega,
Assim, me derramando, tudo me fere,

Como lanças no peito marcado
E não tem dor que revele ou cura.
Sou esse soneto embriagado,
Doentia palavra de loucura,

Que desenha feito tela,
Pintura nos olhos de poesia
E me abro e navego feito barco a vela

E me perco, num mar febril,
Só te olhando, olhar profundo
E faço de mim mesmo soneto embriagado.

(Rod.Arcadia)

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